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sábado, 8 de novembro de 2014

Cobras - Dan - e Yamins




Orixá Apostilas Candomblé com Rogério Franquilino
Boa tarde meu povo do candomblé!!!
Conhecimento nunca é demais:
Corta-se Dan para Oxumarê?
Existem casas que fazem isso sim. Mas a Dan, a cobra, a serpente, que em iorubá não é nem Dan, em Iorubá é Djô, mas é conhecida popularmente como Dan. Tanto que é um título de Iyámi, ela é djô (senhora das serpentes). Na realidade, as djô, as serpentes, elas pertencem as Iyámis. Oxumarê, ele é representado como uma cobra, na realidade, no mito original poderia ser representado como um dragão, porque ele se estica da terra ao céu para promover o ciclo das chuvas. Oxumarê é o Orixá que rege o ciclo das águas das chuvas, quando a água evapora da lagoa, se torna nuvem, da nuvem vira chuva e cai, ou seja, a cobra morde o próprio rabo. A serpente orobô que é o símbolo de Oxumarê, o ciclo das águas, na realidade seria o mito do dragão porque pelas citações antigas de Oxumarê, quando se diz assim: “Oxumarê aquele que se estica até o céu se diz que ele bota fogo pelo nariz e pelas mãos”, e a serpente que bota fogo pelo nariz não é serpente, é dragão. Na realidade, as cobras e serpentes pertencem as Iyámis, porque são símbolos femininos. Elas andam, arrastando a barriga pelo chão. Oxumarê é um Orixá associado à riqueza pela relação com a chuva e com o ciclo das águas, com a fertilidade. A serpente é ligada à Iyámi porque ela arrasta a barriga no chão, o ventre da mulher, o ventre que traz a vida e as serpentes que andam arrastando a barriga no chão tem uma relação com o culto da fertilidade, do culto de Gëlëdé e o culto de Iyámi, aliás muito mais ligada à Iyámi do que propriamente a Oxumarê, apesar de fazer parte do culto de oxumarê também. Portanto não se deve enfim, cortar a Dan para Oxumarê, pois são animais sagrados, e animais que são símbolos do orixá, não devem ser sacrificados para ele, devem ser sim, bem vivos. Os egípcios faziam isso muito bem, quando eles associavam animais a seus deuses e não matavam esses animais para os seus deuses. Assim como não se mata o búfalo para Oiá porque o búfalo é sagrado para Oiá, assim como não se deve matar a serpente para oxumarê. É a idéia da quizila. Não se come daquilo que se é feito. Poderia se dizer, que se oferece Igbin a Oxalá, mas o animal sagrado de Oxalá não é o Igbin. O grande animal sagrado de Oxalá é o camaleão. O igbin é oferecido a todos os orixás para acalmar.

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